Recentemente, assumi a vice-direção de uma escola muito especial, que trabalha com pessoas especiais, com um jeito especial, que exige uma atenção especial, enfim com formação plena de vidas especiais.
Esse contato tem-me feito repensar minhas atitudes frente à minha vida pessoal e profissional. E percebi como nos preocupamos com coisas insignificantes! Como valorizamos o TER ao invés de simplesmente SER! Essas pessoas especiais têm valorizado exatamente o meu ser, tem enxergado valores que estavam adormecidos.
Suas limitações são tão pequenas diante da afetividade que expressam em cada olhar, em cada gesto. A cegueira nos faz ver a beleza interior que cada um tem. A surdez nos torna mudo diante da vontade viver. E para que serve o intelecto senão para servir ao outro? Voltar-se para si mesmo às vezes é necessário, mas interagir nesse clima de paz, de amor, solidariedade, de cuidado uns com os outros são exemplos que jamais esquecerei.
Enfim, ser especial, esse é o caminho que estou trilhando e aprendendo com essas pessoas cuja perseverança, alegr
ia, a solidariedade contagia e me ensina a ser melhor.
